Thursday, May 23, 2013

parole
parolada
deixe-me te escutar
palavra
parce que palorando tudo se transforma
parla aquela fala que se recorda
pois se recordando, cria-se uma nova história
parolando de um novo significante
palavra que sai rolando
...tá cafona, eu sei
parolando
parla pra mim
parfois, e não são todas, que escuto
parlada seja todos os mitos, todos os isso
para meus ouvidos
Estudo por isso!

Lembro-me de saudosa que sou
Alguns dias molhados em Mauá
Algumas folhas, outras nuvens
Me lembro pra lembrar
Gozar da lembrança
da sensação que dá
que não passa nunca
O tempo, saudoso por si só
O tempo da mente memorável
A saudade dentro de outros bagulhos mnemônicos
Mas a verdade mesmo é que sinto saudades de Mauá
Suas terras úmidas onde eu tanto me via, me encontrava e padecia de um sono tão vivo e tão claro
Era eu e tão eu que me parece agora
que a rotina desbotada não desabrocha
aquela menina, que corria de chinelos na terra batida
catava frutas do pé
comia mel com biscoito e descabelada
padecia nas cachoeiras românticas e doces
de Visconde de Mauá!
Meu café, meu querido café
que divide meus dias, meu relógio que nunca me cansa
Meu cheirinho orgânico, meu moreno, meu mulato.
Meu amor e meu amigo
Nunca me deixe só, pois preciso produzir, sem me dar o luxo do devir de um sono;
uma pestaninha que seja;
um dopar, uma energia que só
e tão só, sozinha, fazendo café.
Super que é de minha conta e assim como qualquer vício, sustenta-se sozinho mais compartilha-se a todos que amam da mesma droga
Eu bebo, tu bebes e ,
de olhos tão abertos, veja só
estou escrevendo!
Sem sono, mas com café!