Elefante
É quase uma nota que me descreve
Vou olhando em passos curtos e modestos, sonhando em passos
largos, quase megalomaníacos
Passadas médias um tanto supinadas
E penso a passos de elefante
Sinto em passos de elefante
Vivo e morro teias de significação
Tão longas e profundas quanto a vida desses próprios gigantes
Talvez eu seja um deles
Um eterno mistério grandalhão
Em seus próprios rituais de lealdade e funerais
Vida longa, peregrina e profunda na memória
Deixando, acredito eu, marcas tão fundas
Poças d’água límpida depois da chuva
Onde foi e para sempre na memória
Pegadas largas e profundas
A passos de Elefante!