Tuesday, January 14, 2014

Vou falar algo que por demais assusta, uma conclusão terrível que ainda que eu fosse incrédula, ajoelharia e ...certamente imploraria por um pouco de compaixão do tempo e do destino.
Eis as palavras que me cortam: "não se escolhe a lembrança que se tem"
Não escolhemos aquilo que irá repetir-se na nossa mente que independente do prazer ou desprazer, martelará nossos pensamentos, diante de um prato de macarrão, culminando na azia que sentirei depois das 14:30.
Como se n bastasse a infelicidade da lembrança e os nomes que carregam, vislumbrarei o que era quando, na Rio Branco olho para o sinal esperando vermelho de passar, e no táxi que parou um pouco para além da faixa, olharei o reflexo da minha cara, que estará fresca , como quando estava vivenciando minha lembrança. Corro o risco enorme de me sentir patética e vulnerável, com raiva de mim, de meu estômago que azia e do que n foi o que n é...
O mesmo ocorre , felizmente, com boas lembranças, posso sentir aquele corpo ainda vivo e pulsando apaixonado dentro da pele, as palavras, juras de amor, respostas doces e certeiras, rosto do meu amigo e da minha amiga, e uma boca sorridente que umedece minha bochecha com cheiro de cerveja, aquela mão que apertou meus dedos com carinho!
Eu sinto as mesmas sensações...
Eu sofro e padeço de reminiscências
E também crio fantasias que viram reminiscências
Estas compõe o real que n se vê no espelho do táxi e me escondem daquilo que invade, o imensurável e improvável futuro. 
Preciso de algo palpável, o chão e as reminiscências!