Tuesday, May 5, 2009

Eram 2:00 horas da manhã de quarta-feira
O velho marinheiro se encontrava no interior de seu navio
Inquieto com pensamentos que a cada minuto se tornavam mais fortes
Está certo de que seu relicário causava imensa saudade
Mas não era só isso
Havia algo a mais
Uma angustia então o tomou de assalto
E seu sexto sentido dava sinais tenebrosos de que algo estava por acontecer
Inquieto com isso o marinheiro se levantou de sua cama, rapidamente foi em busca de respostas pelo radio sobre as previsões do tempo
Mas antes mesmo de escutar a má noticia pelo rádio
Ele se depara pela janela
Uma enorme onda se formando rapidamente, como ele havia pressentido, sem querer acreditar
Paralisado, o marinheiro tenta buscar soluções, como mudar a direção do barco... mas já era tarde demais
Como um golpe cruel a onda se chocou com toda a força contra ao frágil barco de madeira do velho marinheiro
E sem demora a segunda onda chocou seu barco contra as rochas ,
Só se conseguia ouvir o barulho ensurdecedor da onda unido ao som de madeiras velhas se partindo ao meio, e se partindo mais, e mais até em pequenas partes, farpas...
O coração,todo o navio foi destruído
Logo na primeira onda o marinheiro foi arremessado para longe do barco
Mais ainda lúcido viu-se a mercê de um mar diabolicamente feroz
Ainda que gozasse de muita experiência com o mar, só uma vez na vida tinha visto ondas tão grandes, e ainda assim, teve medo de morrer, quando seus braços não aquentassem lutar contra as ondas
Não se sabe se por um golpe de sorte, ou o velho mar com certa piedade do pobre homem desolado e apaixonado, deixou que alcançasse as rochas e assim o fez, agarrando sua vida já certo de que era a única coisa que lhe restava!
E como os dias e as noites nunca param de se revezar, já era de se esperar aqueles primeiros raios de sol clareando o mar, agora mais calmo
Os mesmos raios de sol eram sentidos na pele enrugada pela idade, e retalhada pelas dores da noite passada
Ainda que exausto , ele olhava para o que sobrou de seu barco
Um bonito e antigo barco, pintado por suas mãos .... e pelas mãos da guardiã do relicário
Que no momento arrancavam lagrimas salgadas de uma profunda tristeza
Era inevitável , ele pensou
Sua intuição
A fragilidade do barco
O mar e suas ondas
A distancia
A dor de seguir em frente

3 comments:

Cµssa said...
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Cµssa said...
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Unknown said...

"... Ah, se eu fosse marinheiro, era eu que tinha partidoooo..." rs

;*