Thursday, August 1, 2013


Voltei a acordar, sem saber muito bem
Estava sol
A fome já não significava tanto assim
Um silêncio...
Não se ouvia muito de lá
Aqueles estridentes canto dos pássaros, as vezes incomodava
eram dois, ou 3
Passavam quase raspando, na beira d’agua
que quase não via, de tão rápido,
entre alguns vincos de madeira
na borda onde meus olhos tinha a fronteira, do cansaço
Em fim
Outro som que me pegava era quando, por algum motivo que o mar deve saber
Um pedaço dessa infinitude toda batia e chacoalhava meu barco de um lado para o outro
Não era lá um barco, um barquinho, de borda vermelha
De madeira, bem simples, sabe...
Já fazia tanto tempo que estava lá
E há tanto tempo que nada de diferente via
E há tanto tempo que nada acontecia
Meu fóco de visão era o céu, pois do mar só escutava, nem levantava pra ver
Me contentando em achar graça do azul para o laranja, para o azul escuro, para o azul claro de novo, e depois o laranja
E depois outro azul escuro , com várias estrelas
Não sei bem quanto tempo fazia
De repente acordava e de repente dormia
E era dia.
 

 

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